“Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado,
De bater na porta do vizinho,
E desejar bom dia.
De beijar o português
Da padaria.”
In: Telegrama – de Zeca Balero
“Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado,
De bater na porta do vizinho,
E desejar bom dia.
De beijar o português
Da padaria.”
In: Telegrama – de Zeca Balero
“Perdoem a cara amarrada,
Perdoem a falta de abraço,
Perdoem a falta de espaço,
Os dias eram assim.
Perdoem por tantos perigos,
Perdoem a falta de abrigo,
Perdoem a falta de amigos,
Os dias eram assim….”
In: Aos Nossos Filhos – de Ivan Lins
“Ser o senhor e ser a presa
É um mistério, a maior beleza;
Amor é dom da natureza.
Amar é laço que não escraviza…
Ser o que serve e é servido,
Só o amor é tão bonito.
Ser o que planta e sentar à mesa,
Amor é dom da natureza.
Água que limpa e mata a nossa sede,
Sede de viver…
De deixar viver…
De fazer viver…
E de ser feliz!”
In: Coisas da Vida – de Milton Nascimento
“O silêncio
foi a primeira coisa que existiu.
Um silêncio que ninguém ouviu.
Astro pelo céu em movimento
e o som do gelo derretendo.
O barulho do cabelo em crescimento
e a música do vento
e a matéria em decomposição.”
In: O Silêncio – de Arnaldo Antunes
“Quero um montão de tábuas e um motor de pano,
Pra passear meu corpo e adormecer meu sono
Na esburacada estrada do oceano.
Aportarei meu barco apenas de ano em ano,
E onde houver silêncio eu ficarei cantando
Pra não deixar morrer o gesto humano.
Entenderei as águas e os peixes passando
E se me perguntarem pra onde vou e quando,
Responderei: apenas navegando, apenas navegando.”
In: O Navegante – de Sidney Miller
“Incomoda muita gente
Se você vai fundo no que faz.
Incomoda o seu caminho diferente,
Incomoda um ser humano singular.“
In: Graffitti – de Guilherme Arantes
“Coleciono parceiros na caminhada.
Inimigos não coleciono,
não me relaciono,
não me emociono.
Por eles não sinto nada.”
In: Pra Não Dizer Que Não Falei do Ódio – de Projota
“Um dia um adeus,
Eu indo embora,
Quanta loucura
Por tão pouca aventura.
Agora entendo,
Que andei perdido,
O que que eu faço
pra você me perdoar.”
In: Um Dia, Um Adeus – de Guilherme Arantes
“O maior mistério é ver mistério é ver mistério,
Ai de mim senhora natureza humana.
Olhar as coisas como são, quem dera.
E apreciar o simples que de tudo emana.
Nem tanto pelo encanto da palavra,
Mas pela beleza de se ter a fala.”
In: O Maior Mistério – de Renato Teixeira
“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não para…
Enquanto todo mundo espera a cura do mal,
E a loucura finge que isso tudo é normal,
Eu finjo ter paciência.
O mundo vai girando cada vez mais veloz,
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência…”
In: Paciência – de Lenine