“Quem cala sobre teu corpo
Consente na tua morte,
Talhada a ferro e fogo
Nas profundezas do corte
Que a bala riscou no peito.
Quem cala morre contigo
Mais morto que estás agora,
Relógio no chão da praça.”
In: Menino – de Milton Nascimento
“Quem cala sobre teu corpo
Consente na tua morte,
Talhada a ferro e fogo
Nas profundezas do corte
Que a bala riscou no peito.
Quem cala morre contigo
Mais morto que estás agora,
Relógio no chão da praça.”
In: Menino – de Milton Nascimento
“Eu sei que determinada rua que eu já passei,
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa,
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez.
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar.”
In: Canto Para a Minha Morte – de Raul Seixas
Continuar lendo“Vê quantas voltas tem que dar o amor.
Fica com medo de querer chegar.
Paga promessa que não fez,
Diz a verdade ao mentir
E não tem volta não, volta não.
Olha no espelho e só vê o amor.
Agora sabe que perdeu a paz.
Jogou o laço e se prendeu,
O inesperado aconteceu.
A vez da caça e a hora do caçador.”
In: A Hora e a Vez – Boca Livre
“Pensem nas crianças
Mudas, telepáticas;
Pensem nas meninas
Cegas, inexatas;
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas;
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas.
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa, da rosa.
Da rosa de Hiroshima,
A rosa hereditária.”
In: Rosa de Hiroshima – de Vinícius de Moraes
“Quando não houver saída,
Quando não houver mais solução,
Ainda há de haver saída,
Nenhuma ideia vale uma vida.
Quando não houver esperança,
Quando não restar nem ilusão,
Ainda há de haver esperança,
Em cada um de nós
Algo de uma criança.”
In: Enquanto Houver Sol – de Titãs
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